Colunistas | Camilla Barato de Melo | E que nos seja permitido o amor de cada dia!

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Camilla Barato de Melo

 

Itirapuã:- Neste mês de quadrilhas e festas juninas pra todo lado, onde os casais brincam “de ser casal” trajado “elegantemente” com saia rodada, flor no cabelo, gravata e chapéu, eu me lembro de um tempo feliz, quando começava minha juventude. Ouvindo a música durante uma destas festas, escutei:
“… Com esse tal de Facebook, internet e zapzap, não tem mais beijo na boca, só namoro por mensagem”.

Meu Deus! – pensei… Pior, ele tem razão!

Acabaram-se as serenatas que enchiam nossas madrugadas de um misto de orgulho e vergonha do amor ou da admiração declarada; acabaram-se as rosas roubadas deixadas “anonimamente” nas portas durante as noites; acabaram-se os correios elegantes que tornavam as festas tão interessantes… Acabaram-se os “bailes” pra dançar junto e aproveitar pra trocar juras e promessas quase silenciosas…

Sobraram – em maçante maioria – festas barulhentas, de som muito alto, open bar, com roupas quase uniformizadas, quase sempre bem curtas senão estão fora de moda!

Me alegro de ter vivido uma época de quermesses interioranas, de bailes com longos vestidos e cabelos arrumados em penteados bem trabalhados; de ruas escritas em versos e recados “galanteadores”; de flores de todo tipo enfeitando a garagem e de cartas de amor pra serem guardadas!

Que eu consiga dizer as minhas filhas:

Namorem… No sentido lúdico do namorar… Escolham uma boca pra ser beijada insistentemente!

Chorem amores mal resolvidos, mal terminados, recém começados. Permitam-se apaixonar varias vezes pela mesma pessoa ou por alguém que te mostre além do horizonte antes visto!

Deixem sair o sorriso quando a barriga esfriar, as pernas tremerem, a nuca arrepiar!

Façam juras de amor eterno para serem quebradas ou honradas pela vida a fora.

Declarem-se, neguem até o fim! Dividam o chocolate, o vinho, as historias de viagem, as dores…

Façam jogo duro, cara de brava, valorizem-se.

Queiram o perfume que embriagou teu coração!

Façam-se ser “sonhadas”!

Saiam, terminem, voltem, perdoem sempre que valer a pena…

Mas a cima de tudo respeite-se e depois ao outro!

E peçam para que o céu dê sempre uma forcinha, mudar alguns caminhos, criar algumas pontes… Costuma “compensar”!

E que nos seja permitido o amor de cada dia!

E viva os 12 de Junho!

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