Colunistas | Camilla Barato de Melo | Gerar no coração

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Itirapuã:- Das muitas relações da vida, acredito que a mais delicada seja de um pai com seu filho. Uma mãe percebe seu corpo crescer, sente o bebê crescer ali, se mexendo, e nela vai nascendo a consciência da maternidade. Porém, o homem não experimenta esse tipo de amor e relação… A ele cabe observar e “fecundar” em sua cabeça a nova criatura.

Eu imagino como deve ser para eles ouvirem que seria “Pai”! O que isso significa? O que muda na minha vida?

Se aquele homem não decidir por gerar o bebê dentro do seu coração, não muda nada… Mas, se naquele momento, ele se recusar a conceber a ideia de um novo ser, uma parte sua, não haverá um Pai… Haverá um reprodutor.

Muito se discute hoje o aborto, contudo é triste dizer que o aborto masculino é muito mais comum… E precisava ser combatido com tal afinco que amolecesse até os corações mais duros.

A vida é um presente divino, único e precioso, e nos é entregue por Deus através dos nossos filhos. Desejo hoje, mais do que nunca, que todos os homens que passarem por esta experiência transformadora e definitiva, que vivam a paternidade no grau máximo do ridículo: que eles experimentem conversar com a barriga, que chorem no parto, que sintam as penas moles quando, numa sala de parto ou saindo de um lar de apoio, virem pela primeira vez seus filhos… Que transbordem quando lhe entregarem aquele pacote pequeno e frágil… Que experimentem ficar sem dormir, que provem o cansaço e a ternura dos primeiros tempos, que corrijam seus filhos e se sintam culpados, que sintam remorso enquanto eles estiverem de castigo ou depois de lhes dizer “não”! Que se sintam angustiados com a febre e com o choro… Que passem vergonha com suas perguntas em público e deem risada de suas gracinhas e se alegrem com suas conquistas. Que saibam lhes ajudar a controlar seu temperamento e orientem o seu voo quando decidirem bater asas. E, acima de tudo, que aprendam a amar, porque, acreditem vocês serão amados. Muito.

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