Colunistas | Camilla Barato de Melo | Os 100 anos do homem que buscou a igualdade

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Itirapuã:- Há 100 anos, em 18 de Julho, nascia um homem negro e ainda desconhecido, numa das regiões ditas mais “pobres” do planeta. Com mais 12 irmãos e pais analfabetos, seu destino seria ocupar um cargo de chefia numa vila chamada Mvezo, pois havia nascido membro da nobreza tribal. Parecia que assim estava escrita a história de Madiba. Porém, o mundo precisava de um líder, as pessoas precisavam de algumas lições e o futuro precisava ser transformado. Tudo parecia estar contra ele e sua história tinha tudo para dar errado, pois o agora jovem advogado era um líder da resistência não violenta, levando uma vida rebelde na faculdade tornando-se réu por traição. Foragido tornou-se o preso mais conhecido da história e um líder aclamado. Seu legado? a luta por igualdade, por justiça, por liberdade e pela democracia, não esta democracia distorcida que nosso pais vive, onde os direitos nos são tirados dia a dia e os governantes estão corrompidos e tendenciosos aos próprios interesses…Não! O que ele pregava era um mundo de igualdade de diretos e condições. Seu exemplo precisa e merece ser seguido: em primeiro lugar devemos lutar contra os estereótipos que nos são impostos pela vida! Onde nascemos deve nos ser motivo de orgulho, contudo motivação para sermos melhores. Melhores não para nós mesmos, mas para o mundo que nos cerca. Que não devemos julgar o outro pelo que ele me parece, mas pelo que ele é capaz de ser e fazer. Que a paz seja nossa bandeira mais sincera, que a igualdade seja um luta de todos por todos e que Mandela não seja esquecido nunca, como o homem que buscou o amor, honrou seu povo, lutou pela liberdade e pela paz, mas que principalmente não se deixou corromper pelo ódio alheio, nem mesmo durante os quase 30 anos em que esteve preso, e o que era para calar-lhe tornou-se seu maior trunfo, pois ele não permitiu que fosse infectado pela maldade que o cercava. Á Sua Excelência Nelson Rolihlahla Mandela, negro, advogado, ativista, líder da resistência, prisioneiro, símbolo da luta contra a segregação racial, Presidente da África do Sul, Nobel da Paz, figura controversa e aclamada, marido, pai e avô, meu humildade e pequeno “Obrigada” e minha sincera oração deste centenário.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta”. Nelson Mandela

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