Paulo Gornati diz que não sabe se os servidores públicos municipais receberão seus salários neste mês de novembro

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O prefeito ocupou a tribuna da Câmara Municipal para explicar a atual situação financeira da Prefeitura devido ao atraso dos repasses pelo Governo do Estado

 

Monte Santo:- No final da sessão ordinária da Câmara Municipal de Monte Santo de Minas desta segunda-feira, 19 de novembro, o prefeito Paulo Gornati ocupou a Tribuna Livre para explicar a atual situação financeira da Prefeitura devido ao atraso dos repasses pelo Governo do Estado.

O prefeito iniciou sua fala dizendo que acabara de participar de uma reunião em São Sebastião do Paraíso, sobre a situação financeira da Santa Casa daquela cidade que atende vários municípios da região. Segundo Paulo Gornati, a proposta apresentada na reunião se baseava na divisão do total do déficit entre os municípios atendidos pela Santa Casa. O prefeito monte-santense foi contra esta proposta, mas não deixou claro se ela foi aceita ou não.

Ao fim e ao cabo das explicações sobre a Santa Casa de Paraíso, Paulo Gornati começou a falar sobre os problemas que estão sendo causados devido a divida do Governo do Estado para com a Prefeitura de Monte Santo, que até o dia 14 último estava em R$6.425.910,69.

Diante de tal situação, Paulo Gornati não garantiu que os salários dos servidores públicos municipais seriam pagos neste mês de novembro. Ele disse que dependeria dos repasses do FPM (Fundo de Participação do Município) pelo Governo Federal e do ICMS pelo Governo do Estado nos dias 20 e 30 deste mês. O prefeito salientou ainda que se os valores a serem repassados não forem satisfatórios, não saberia como fazer para pagar os servidores municipais.

Esta situação também se aplica para o mês de dezembro, embora Paulo Gornati se mostrasse otimista em poder solucionar o problema, o imbróglio não será de fácil digestão. Para atender esta demanda será necessário que os repasses dos Governos Federal e Estadual sejam suficientes para cobrir as despesas com a folha de pagamento, incluindo-se também a parcela do 13º salário.

O prefeito também deixou claro que para suportar esta crise financeira a Prefeitura terá que dispensar funcionários.

“Infelizmente teremos que dispensar funcionários para cortar gastos”, lamentou Paulo Gornati, dizendo ainda que “não gosto de dispensar, mas infelizmente não temos outro jeito”. Paulo Gornati também disse que se tiver que atrasar salários que os primeiros a ficarem sem receber seriam ele, os secretários e os diretores. Explicou que os serviços essenciais, os setores de educação e da saúde terão prioridade e que serão realizados todos os esforços para manutenção dos mesmos.

Sem muitos questionamentos sobre o assunto em pauta, Paulo Gornati “nadou de braçada” e deixou a reunião cônscio de que havia feito uma explanação satisfatória sobre a atual situação financeira da Prefeitura. Ocorre, porém, que o prefeito tem recebido severas criticas pela maioria da população monte-santense que não se encontra satisfeita com a administração que ele vem realizando.

Esperavam-se explicações sobre, por exemplo, como foram gastos os polpudos valores em caixa que se apresentavam nas prestações de contas realizadas pelo prefeito, na Câmara Municipal, uma vez que nesses dois anos de administração nenhuma obra de vulto foi realizada pelo prefeito Paulo Gornati.
Infelizmente o que se ouviu, foi o prefeito dizer que “sou vitima” desta situação de crise financeira que a grande maioria dos municípios mineiros está atravessando.

O público presente nesta sessão ordinária da Câmara Municipal era composto, em sua maioria, de funcionários da Prefeitura, com destaque para as secretárias municipais Joelma, Toninha e Júnia, que vez ou outra respondiam a alguma dúvida do prefeito.

Conforme a nossa “Folha” apurou, o presidente da Câmara Municipal, vereador Jean Lucas Biaggio, o Jean Pandão, deverá devolver para a Prefeitura uma quantia substancial, entre R$ 400 a R$ 600 mil reais, valores esses que, sem dúvida alguma, ajudarão o prefeito Paulo Gornati pagar os salários dos servidores públicos municipais.

Foto: Reginaldo Ferreira

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