Colunistas | Alvarina Gomes | Para que ou para quem serve a democracia brasileira?

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Alvarina Gomes Mestranda em Estado, Governo e Políticas Públicas, pela Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais. FLACSO-BRASIL Técnica Contábil, Graduada em Pedagogia e Gestão Financeira. Sócia do Escritório Contábil Flor de Lis em Restinga.

 

As dimensões históricas do racismo antinegro no Brasil

Restinga:- Este texto é parte de um ensaio apresentado para o curso de Mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e tem como objetivo fazer uma breve reflexão sobre o tema do racismo no Brasil, um debate que a meu ver é importante e necessário.

Ser branco ou ser negro? Infelizmente, a cor da pele ainda define muitas coisas na vida de um cidadão, não só no Brasil, mas no mundo, muitos países ainda mantém enraizado este preconceito.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a população negra é a mais afetada pela desigualdade e pela violência enfrentam mais dificuldades na progressão da carreira, na igualdade salarial e são mais vulneráveis ao assédio moral.

Jovens homens negros e de baixa escolaridade são as principais vítimas por mortes violentas no País. Metade da população brasileira (54%) é constituída de pretos ou pardos, sendo que a cada dez pessoas, três são mulheres negras.

Ainda que, em termos de letalidade violenta, as mulheres sejam menos afligidas, este número representa uma pequena ponta do iceberg das centenas de milhares de violências (físicas, psicológicas e materiais) que atormenta a população feminina, que são motivadas por uma cultura patriarcal e que passam invisíveis aos olhos da sociedade.

No entanto, as diferenças raciais apareceram mais uma vez misturadas à questão de gênero. Enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras diminuiu, o indicador equivalente para as mulheres negras aumentou 22,0%. Ser mulher é uma luta constante na busca do empoderamento e ser mulher negra a luta é muito maior.

Dentre todos os aspectos da nossa sociedade o racismo é tratado como definição das classes sociais, não se pode esquecer que cidadãos negros também são contribuintes que pagam impostos, são consumidores, são usuários do SUS, do Sistema Educacional, enfim, fazem parte do conjunto da sociedade.

Esta problemática é social e de difícil equidade. Nos últimos anos, percebe-se a deterioração do sistema governamental que está falido e cheio de vícios. No cenário sobre a garantia do direito à vida e à cidadania fica clara a necessidade de um maior comprometimento das principais autoridades políticas do país.

Bibliografia: ANDREWS, G. R. (1888-1988). Negros e brancos em São Paulo. (M. Lopes, Trad.) Bauru, São Paulo, Brasil: Edusc. Guimarães, A. S. (jan/jun de 2003). Como trabalhar com raça em sociologia. Educação e Pesquisa, 93-107. file:///C:/Users/PC_SLM/Downloads/a08v29n1(2).pdf http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/downloads

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