Compliance e vantagem competitiva nas empresas brasileiras

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Elaine Alcântara (*)
Compliance é um dos pilares da Governança Corporativa e, ao ser estruturado em um eficiente programa, é forte aliado na promoção da imagem de integridade empresarial.

O País está passando a limpo muitos erros sequenciais. Estamos vivendo o que muitos chamam de crise de amadurecimento que, neste momento, se reflete nas esferas pública e privada. Em função disso, muitas corporações estão adotando programas de Compliance.

As empresas estão em constante busca por consolidação no mercado, diferenciação e, principalmente, maior lucratividade e crescimento sustentáveis. Mas não é só isso. Os consumidores estão cada dia mais exigentes. É preciso ter reputação, coerência e seriedade para ser desejado. O cliente atual é mais consciente e, além do produto ou serviço que adquire, quer outros valores mais amplos.

Uma empresa em Compliance é aquela que observa e cumpre a legislação a que está submetia, se pauta por princípios éticos na tomada de decisões e adota um conjunto de medidas que possibilita prevenir, minimizar e monitorar riscos.
O principal objetivo de um programa de Compliance é preservar a boa imagem e reputação de uma empresa no mercado onde atua por meio de ações de combate à fraude, corrupção e lavagem de dinheiro.

Cada empresa apresenta características próprias inerentes às suas atividades e, por isso, não há uma fórmula uniforme e definida para implantação destes programas. Não obstante, há alguns aspectos cruciais para seu sucesso, como o Código de Ética e o canal de denúncia. Também é fundamental o comprometimento da alta direção, análise de risco, bem como comunicação e treinamento, dentre outros quesitos.

Os benefícios da implantação de um programa de Compliance são inúmeros e vão além da garantia de boa reputação de mercado. Na verdade, ele representa um bônus para a empresa, uma vez que condutas corretas transmitem ao mercado uma mensagem de segurança e previsibilidade, o que facilita as negociações, além de reduzir os riscos do negócio e prevenir danos à imagem e reputação da companhia.

Este tipo de programa não beneficia somente a empresa, mas toda a sociedade, pois estimula a ética, confiança e transparência, essenciais para qualquer ambiente de negócio sustentável.

(*) Elaine Alcântara é diretora geral da ITMS do Brasil e possui mais de 20 anos de experiência na área de gestão da saúde por meio da telemedicina

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